A Supley, empresa brasileira que detém um quarto das vendas de whey protein no país, está se fortalecendo em 2024. Com sede em Matão, São Paulo, e proprietária de marcas como Max Titanium, Probiotica e Dr. Peanut, a companhia reforçou sua liderança no mercado e atraiu a atenção de investidores ao contratar o Itaú BBA para explorar a abertura de capital.

Embora a expectativa de um IPO não tenha se concretizado devido à falta de uma janela favorável na bolsa, surgiram rumores de que a Supley estaria à venda, com a Cimed como um dos possíveis compradores. No entanto, a fundadora e CEO da Supley, Mariane Morelli, desmentiu essa hipótese. “A Supley não está à venda”, afirmou ela, destaca que a empresa está se preparando para aquisições.

Atualmente, a Supley está em negociações com dois alvos, com acordos de confidencialidade (NDAs) já assinados, visando aquisições avaliadas entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões. Morelli espera concluir esses processos nos próximos seis ou sete meses.

Fundada em 2006 por Morelli e seus amigos de infância, Alberto e Carlos Moretto, a Supley surgiu com capital próprio e sem financiamento externo. Em 2012, a empresa expandiu sua infraestrutura com uma nova fábrica em Matão, o que a habilitou a atender a crescente demanda do mercado e, posteriormente, realizar sua primeira aquisição: a Probiotica, uma das pioneiras em suplementos no Brasil, em 2018.

O crescimento da Supley reflete o aumento significativo no mercado de suplementos alimentares no Brasil, que movimentou R$ 10 bilhões em 2023. Os suplementos de proteína, em particular, atingiram R$ 4,3 bilhões em vendas, segundo a consultoria Euromonitor. O consumo de whey protein e outros concentrados de proteína cresceu 25% entre 2021 e 2023, com expectativa de crescimento contínuo a uma taxa composta de 8% por ano até 2029. Nesse contexto, a Supley se consolidou como a líder nacional em whey protein, com uma participação de 25% nesse mercado.