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Alternativa de óleo de palma a partir de levedura fermentada deverá ser lançada em 2023

O óleo de palma é um ingrediente controverso, cuja reputação está ligada com o desmatamento em regiões de biodiversidade e a conversão de solos de turfa ricos em carbono. No entanto, o mercado global de óleo de palma continua forte. Em 2021, seu valor foi estimado em US$ 50,6 bilhões e deve chegar a US$ 65,5 bilhões até 2027.

É o óleo vegetal mais consumido no mundo. E, por ser neutro em cor e sabor, o ingrediente é um dos favoritos entre os fabricantes de alimentos. E se existisse um óleo que pudesse substituir esse ingrediente controverso na formulação de alimentos, mas sem nenhum impacto no desmatamento, perda de biodiversidade ou mudança climática?

A startup britânica Clean Food Group está trabalhando para desenvolver exatamente isso, um bioequivalente ao óleo de palma

Christopher Chuck, professor de Engenharia de Bioprocessos do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Bath, vem trabalhando em uma alternativa à base de levedura ao óleo de palma nos últimos oito anos. No primeiro trimestre de 2022, a propriedade intelectual relevante foi adquirida pelo Clean Food Group, do qual o professor Chuck é consultor técnico. “Nossa dependência do óleo de palma tem um grande custo ambiental. Trabalhamos ao longo de muitos anos para criar alternativas robustas de óleo de palma que nos dão uma chance real de reduzir o impacto de uma gama de produtos que até agora só eram possíveis de produzir com óleo de palma e o desmatamento, poluição e emissões que vêm com isso", disse o professor Chuck.

O Clean Palm Oil da startup é um bioequivalente ao real em termos de composição nutricional e de ácidos graxos. “É neutro em sabor e cor, assim como o óleo de palma, sua cor natural é laranja/vermelho, mas pode se tornar incolor por um simples processo de refino. Ele funciona da mesma maneira que o óleo de palma”, explicou Alex Neves, CEO do Clean Food Group.

O substituto do óleo de palma do Clean Food Group é feito de levedura cultivada em laboratório.

A startup desenvolveu uma cepa de levedura proprietária, que Neves explicou ter evoluído, usando um processo natural, a partir de uma cepa de levedura comumente encontrada na superfície das uvas usadas na vinificação orgânica. "Nossa cepa de levedura foi desenvolvida ao longo de oito anos pelo professor Chuck usando um processo natural chamado Directed Evolution, que é um processo não geneticamente modificado semelhante em muitos aspectos ao melhoramento de plantas", disse Neves.

Usando resíduos seguros para alimentos como matéria-prima e energia renovável como fonte de energia, o Clean Food Group está aproveitando a tecnologia de fermentação para cultivar a levedura em tanques semelhantes aos usados na indústria cervejeira. “Na verdade, ao invés de produzir nosso óleo em laboratório, fabricaremos nosso óleo em uma fábrica de alimentos muito semelhante a uma cervejaria, usando equipamentos muito semelhantes”, explicou Neves.

Uma vez no mercado, a startup disse que sua alternativa ao óleo de palma poderá ser usada em todas as aplicações de produtos em que o óleo de palma é usado atualmente.

Os principais desafios enfrentados pelo Clean Food Group incluem alcançar escala, paridade de preços e aprovação regulatória. A paridade de preços com o óleo de palma, ou estar dentro de uma margem aceitável de paridade de preços, é possível, sugeriu Neves, e está diretamente ligada à escala.

Do ponto de vista regulatório, a startup está inicialmente focando no mercado europeu, onde seu ingrediente é considerado um Novo Alimento. “Nosso óleo é considerado um novo alimento porque, embora seja bioequivalente ao óleo de palma, nosso óleo à base de levedura não foi vendido no Reino Unido ou na Europa antes de 1997. Atualmente, estamos trabalhando na preparação do nosso dossiê de Novo Alimento, que planejamos enviar até o final de 2022”, observou Neves.

Com submissão para aprovação regulatória prevista para o final do ano, a startup espera ter seus ingredientes de óleo de palma no mercado em 2023. “Estamos, atualmente, em consulta com nosso consultor regulatório sobre como nossos ingredientes aparecerão na embalagem, como parte da nossa preparação para Novo Alimento. É provável que, como óleo a granel, apareça como óleo de levedura”, revelou Neves.

Segundo Neves, o Clean Food Group se sente bem posicionado para dar o próximo passo no caminho para trazer sua alternativa de óleo de palma para o mercado. “Além da nossa aquisição da propriedade intelectual para a tecnologia alternativa de óleo de palma e nossa colaboração com a Universidade de Bath para dimensionar a tecnologia, investiremos na garantia de aprovação regulatória para nossos ingredientes alternativos de óleo de palma em vários mercados. Também investiremos no desenvolvimento de uma planta-piloto de grande escala, que nos permitirá estabelecer colaborações significativas com parceiros comerciais e demonstrar nossas alternativas de óleo de palma com produtos acabados”, concluiu.

Fonte: Food Navigator




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