Um estudo recente destacou o potencial benéfico das vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12 na modulação do microbioma intestinal. Embora não atuem diretamente como substratos para a fermentação microbiana intestinal, evidências crescentes sugerem que essas vitaminas desempenham papéis importantes na formação da diversidade e riqueza do microbioma.
Os pesquisadores observaram que o efeito prebiótico geralmente ocorre quando as vitaminas são absorvidas no intestino delgado proximal, não atingindo o TGI distal. No entanto, estudos sugerem que, quando fornecidas em grandes quantidades ou como sistemas de distribuição direcionados ao cólon, podem modular diretamente o microbioma do cólon.
A revisão inclui uma análise genômica de 256 bactérias intestinais humanas comuns, revelando que 40% a 65% desses microrganismos sintetizam vitaminas do grupo B, com destaque para a riboflavina e a niacina. A pesquisa também destacou a produção ativa dessas vitaminas pelos microrganismos intestinais humanos, beneficiando bactérias próximas por meio de relações simbióticas.
No caso da vitamina B12, 19 estudos relacionam sua ingestão ou suplementação com resultados significativos no microbioma intestinal. Estudos in vitro mostraram que pode aumentar a diversidade alfa e alterar a composição do microbioma, indicando sua influência na saúde geral.
As vitaminas são micronutrientes críticos para diversas vias metabólicas e regulatórias necessárias à saúde humana. São um grupo de oito vitaminas solúveis em água e desempenham papéis importantes, como no metabolismo de gorduras e carboidratos e na síntese de DNA no metabolismo humano.
Segundo os pesquisadores, apesar de terem solubilidade em água semelhante, as várias vitaminas do complexo B possuemdiversas funções metabólicas em termos de produção de energia, metabolismo de proteínas e hematopoiese, ou produção de células sanguíneas e plaquetas.